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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Um defunto vivo demais

Um Defunto vivo demais Escuta este caso Que agora eu vou contar. É um caso triste Que dá pra rir E, também dá pra chorar. Quando conto Pensam que brinco, Mas esse fato que ocorreu, Não me lembro, Se foi em oitenta e quatro Ou em oitenta e cinco, Ali nas margens do Rio das Velhas na linda Santa Luzia, Onde ficava o Destacamento. Vou contar o que me lembro De tudo que ocorreu Naquele mês de novembro. O moço que ali chegou Procurava por um defunto, Seu irmão, E queria saber Se por ali passou. Em estado deprimente, Disse que seu irmão Se afogara, e foi levado Ao Rio das velhas Pela enchente de um Ribeirão. Disse que tinha Quatro dias que sumiu, Então ficara sabendo Que um menino sabido, o viu. Perguntou o moço, ao guri; Se o defunto era claro ou moreno E este respondeu matreiro; “Seu moço não deu pra vê” “O corpo passou correndo” O homem, experiente, Olhou pra baixo da ponte, Assustou-se com a enchente. Viu o volume do Rio E voltou à realidade, F

Sou poeta de um só leitor

Sou poeta de um só leitor Sou poeta Sou leitor Escrevo versos Mas ninguém Os lê Não se preocupam Quanto tempo gasto Pra escrever Ou o que falo Em minhas idéias “O que eu quero dizer” Meu amor gosta É de Paulo Coelho E ela ganhou um De presente Mas os meus versos, As minhas juras de amor, Juras de joelho Nem lhe passa na mente E eu acredito ser Um poeta Chego a me considerar Um escritor Eu leio e releio Os meus versos Sou poeta Sou meu próprio leitor Escrevo criando frases Pro meu amor Falo dos meus sonhos Da vontade de tê-la Só pra mim Pra sempre Ao meu lado Leio e releio Os meus versos, Versos, totalmente, Apaixonados, Que pena Que minha amada Nem desconfia Do meu amor Não sabe, E isso me deixa Mais triste, E eu, solitário, Vou escrevendo Meus poemas Sonhando com Esse amor Depois, eu mesmo Os leio Pois sou poeta Sou escritor Mas dos meus Poemas Só eu sou leitor. Autor: Paulo Roberto

Me solte

Me Solte Me solte Eu não quero Me apaixonar Você invadiu Meu mundo Me deixou Amarrado em Seu colar Me perdi Nos teus olhos E no seu jeitinho De andar Por, misericórdia! Me solte! Pois estou preso Em seu colar Eu te peço Te imploro Me abrace Me beije Deixe-me te amar Mas, não me deixe Preso em seu colar. Autor: Paulo Roberto

É difícil ser seu amigo

É difícil ser seu amigo Tudo de seu sorriso Mexe comigo Por isso tenho certeza Que é difícil ser seu amigo Detalhes seus, um por um, São todos meus Eu os procuro em cada lugar Não sei por que fui me acostumar Quando estou longe e digo que “Não quero mais te ver nesse momento” Logo apego aos detalhes e, você Não sai dos meus pensamentos Por isso é difícil ser seu amigo Seu sorriso mexe comigo. Autor: Paulo Roberto

Beijo de minuto

Beijo de minuto Beijo que degusto Beijo saboroso Beijo gostoso Beijo que disse: Eu quero E você também quer E, caí no seu laço E aconteceu Em um minuto Entre eu homem E você mulher Beijo natural Sem batom Sem amasso Só lábios nos lábios Pontas de línguas Que se cruzam Ligeiras demais Dedos com dedos Lendo as digitais Se acariciam Um no outro E, as mãos Que se despediam e Não se soltam mais Atendendo o Pedido do coração Com o mesmo intuito Puxam as bocas Que se juntam No beijo de minuto. Autor: Paulo Roberto