Rua sem ninguém

Rua sem ninguém

Rua sem ninguém
Deserta
Que nem vai
Nem vem
Nem à pé
Nem de trem.
Vazia,
Não tem ninguém
Nem vozes
Do além.
Não te vejo
Você não me vê
Mas, eu passo
Ao seu lado
Mas meu corpo
Nem alma tem.
Você me procura
Eu te procuro,
Quem procura quem?
Somos espíritos
Que vagam
Será que voltamos
A ser neném?
E os mestres,
Já prontos
Estes estão bem,
Bem mais além!
Mas nada adianta,
Espíritos...
Não somos alguém.
Eu já te chamei um dia
De meu bem,
E você me amou também.
Esquisita esta Rua, hein!
Tem gente,
Tem vultos,
É só silêncio,
E não tem ninguém,
Na tal Rua sem ninguém.

Autor: Paulo Roberto
Passando por uma rua, observei que em todo o prolongamento de uns 300 metros, não se via nenhuma pessoa ou animal, ou seja, vida nenhuma, e esse detalhe me inspirou essa poesia.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

MEU NETINHO

Minha garota do Rio