Triste retorno do trabalho Depois de muito trabalho e cansado, Volto pra casa um tanto apressado, Mas não posso nem pensar em descanso Ou no jantar, pois uma fila enorme Espera pra eu enfrentar. O ônibus demora, demora, mas vem. Corre-corre, sempre tem! Em pé ou sentado é um saco, Nunca se está acomodado. É igual salário Do pobre - coitado, coitado! Bafo de pinga, cecê, brilhantina; Papo furado,zum-zum, que agonia! Empurra-empurra, dá licença, campanhia. Para, arranca, sobem três, descem dois, que fria! Rádio rouco, samba, rock, sertaneja, "ave-maria!" Eu ali, viajando de "buzu" pro descanso merecido, Mas os pensamentos vão por lugares perdidos. Penso em dívidas, futebol, festas, sorte grande na loteria, Churrascada, feijoada,muita farra, que alegria! Na verdade, sanduíche, pastel, marmitex, bóia-fria. Autor: Paulo Roberto Fiz essa poesia inspirado no vai e vem do trabalho nos anos 90. Participei do Concurso de Poesias da PMMG de 2008, se...